Uma das etapas mais interessantes e divertidas na fabricação da cerveja é, sem dúvida, a imensa possibilidade de criação e evolução das receitas cervejeiras.
(foto adrianpike)
Montar sua própria receita não é nenhum bicho de sete cabeças, no entanto, é imprescindível que você entenda os fundamentos que se encontram por trás dessa divertida jornada.
Assim, para te introduzir na criação de sua própria receita, deixa eu te esclarecer o que acredito serem as bases para a criação de receitas cervejeiras…
Tomar sua cerveja preferida em qualquer tipo de copo já é prazeroso. Agora, imagine provar essa mesma cerveja num copo adequado?
Bem, sem dúvida, a experiência será ainda melhor!
O tipo certo de copo influencia consideravelmente na apresentação da cerveja, formação de espuma e liberação do aroma contribuindo para sua experiência gustativa única.
Assim, coletei esse pequeno resumo acerca dos copos certos para cada tipo de cerveja, com a intenção de facilitar suas experiências gustativas.
A cerveja artesanal vem ganhando cada vez mais espaço na geladeira dos brasileiros que buscam experimentar uma cerveja com mais sabor e aroma, ao invez das “estupidamente geladas”.
Felizmente, já podemos encontrar cervejas artesanais dividindo espaço com as cervejas massificadas nas gôndolas dos supermercados . E com essa feliz, mas, tímida disseminação da cultura cervejeira, surge a dúvida:
“Qual a diferença da cerveja comum para a cerveja artesanal?”
A cerveja artesanal é produzida em pequena escala, tomando todo o cuidado no processos de produção, para se obter uma cerveja de qualidade e que agrade aos paladares mais exigentes. Tudo sem pressa! Respeitando o tempo necessário para cada processo, principalmente o tempo de fermentação e maturação.
Sem dúvida a Saccharomyces cerevisiae, levedura das cervejas Ale, é a mais antiga na fabricação de cerveja. Com sua preferência por temperaturas mais altas, entre 15 e 24ºC, as leveduras Ale também são mais rápidas na fermentação do mosto, levando às vezes poucos dias para completarem o trabalho.
Devido a temperatura elevada, as leveduras Ale produzem cervejas mais complexas e incomparavelmente mais perceptíveis, com aromas e sabores frutados, devido a maior produção de ésteres.
Por inúmeros motivos a levedura é o ingrediente mais importante a ser escolhido pelo cervejeiro. Quando os cervejeiros ainda não tinham o conhecimento exato acerca da levedura, eles simplesmente deixavam o mosto a céu aberto, para que misteriosamente fosse fermentado. E por mais que hoje, após seu conhecimento, a levedura seja minuciosamente tratada, esse antigo método ainda sobrevive mantendo viva e espontânea a tradição das cervejas Lambics.
Quando ouvimos pela primeira vez o tipo de fermentação das lambics, logo imaginamos que são cervejas fáceis de serem produzidas, mas, se simplesmente deixássemos o mosto ao ar livre teríamos uma experiência desastrosa.
Com métodos próprios de produção, as lambics também exigem a “infestação” do mosto por leveduras adequadas, tais como: as Saccharomyces e Brettanomyces, encontradas ao redor do mundo nas cascas de frutas e em algumas flores.
Um mínimo de 30% do macerado de trigo não maltado, uma acidez máxima de 3,8, gravidade original mínima de 1.051, amargor de até 20 IBUs, coloração de 25 EBC e fermentação espontânea, são algumas das características, para que se possa rotular uma cerveja como lambic, conforme os recentes decretos belgas.